16/03/2018

VII Encontro de Poesia das UTIS do Oeste

No dia 13 de Março, realizou-se, na Nazaré, o VII Encontro de Poesia das UTIS do Oeste.




A AUTITV fez-se representar neste evento, com os alunos Ana Corte Real, José António Monteiro, Odete Bento, Rosário Lopes e Irene Avelar,  que apresentaram os seguintes poemas:






O Mar
O mar sente ...
A sua vida no seu fundo...
A luz do sol
O acordar do dia
As estrelas da noite negra!
Mas sente mais...
Como, um soluço arrancado pelo desespero, no meio da multidão
O choro de uma vida a nascer
Um esgar apaixonado!
O mar sente!
Sente-se a si e sente-se aos outros!

Ana Corte Real

O Mar
Deslumbro com o teu esplendor
O teu ritmo, a tua força em sintonia
Eu passeio contigo ao meu lado
Integras-te na paisagem em harmonia

Ora murmuras nos teus suspiros ora te agitas
E no teu fulgor me beijas com ternura
Vives ordenadamente em tua cadência
Dás-me abraços de constante frescura

A tua maresia é inspiração que não se esquece
Eu nu mergulho em ti, és brisa fresca e selvagem
És espelho e espuma que brilha no meu rosto
Deslumbramento e fascínio na minha imagem

De suor e lágrimas também são as tuas ondas
Dás vida e tiras vidas, capricho da tua razão
Incoerente e magnânimo na tua imensidão
Calmas marés também são fonte de prazer e evasão

Aprazível e agitado também és quando te revoltas
Com os que contigo habitam e com os que tu deixas aproximar
És uma força da natureza neste planeta imenso
A meio mundo dás alimento teu nome eu pronuncio: ÉS MAR.

José António Monteiro


Maré de Poesia
Do canto do meu terraço
Vejo o mar lá ao fundo
Oiço o pio da gaivota
Sinto o sabor do sal, 
Respirando maresia
Terra e mar em sintonia
                                        Sou navio a baloiçar...
O coração vira rota
                                        Leva-me ao fim do mundo
E em vaga de magia
                                        Embarco na poesia...
Azul e mar em abraço 
                                        Inundam o meu terraço
Hoje, de surpresa, a ordenar:
"Vai ao vento a velejar e leva, à Nazaré,
                                         Poesia na maré

Odete Bento


Tenho Saudades do Cais
Homem onde vais?
Só respondo: Tenho saudades do cais

Já tantos anos naveguei
Já tantas vezes a mim próprio me ensinei
que depois de navegar tanto no mar
porque é o dever de cada um
Só tinha um desejo e mais nenhum,
era regressar àquele Cais de Saudade
que ignora quase toda a humanidade

Já avistando as montanhas
recordando peripécias tamanhas
fiz viagem novamente
por um mar que belo acendia
a pressa grande que sentia
maior que todas as demais
é que tenho saudade do Cais!

Vi o Cais bravio e sonolento
chegando estava quando o vento
 me ensinou o Caminho a seguir
se trouxesse na mão a chave forte
que não permite dor ou morte
a chave da bonança e da vida
que cura toda a ameaçante ferida.

Ao mar só ouço suplícios
fruto dos usados malifícios
mar ainda me perguntam
quando passam por aquele cabo que se vê
Homem tens saudades do quê?
E eu gritando do Cais
Saudades não tenho mais"

Autor: Rui Santos
Declamado por sua mãe: Rosário Lopes


O Mar
Olhando o mar, eu sonhei
com a sua imensidão
navegando assim errei
procurando a solidão

Mar belo calmo e azul
Mar belo mesmo cinzento
Mar belo de norte a sul
Mar belo em qualquer momento

Sonho, olhando o ar
Vejo outro lado do mundo
E continuo a sonhar
Vejo cores
Vejo vultos
Continuo a sonhar 
Olhando o mar

Poema de: Teresa Sousa Dias
Declamado por: Irene Avelar



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